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domingo, 30 de março de 2014

ARES DO OUTONO

"Um dia histórico". Assim disse o governador em relação à ocupação da Maré hoje pela manhã. "Polícia ocupa a Maré sem disparar um tiro", dizem as manchetes dos jornais. Duas frases para analisarmos.
O tal dia histórico que Cabral alardeia é em relação a ocupação pelas tropas federias e pela polícia do estado. Sabemos bem que o enfrentamento não se dá somente por via bélica, mas com a ocupação do estado e suas responsabilidades com a população. Cabe ao governo agora suprir a ausência de anos nessas comunidades e fazer com que todos tenham mais cidadania.
Mas o que me intriga é o fato de o "dia histórico" ter sido, mais uma vez, sem enfrentamento. Avisar que vai ocupar uma determinada área pode parecer estratégico e poupar vidas, de civis e de militares, porém, fico a me perguntar se os foras da lei abandonam as áreas ocupadas ou se vão ali e depois voltam. O tráfico resiste o quanto pode e até em áreas "pacificadas" os policiais da UPP enfrentam problemas com a marginalidade que ainda está presente. Ameniza-se a situação de ostentação dos marginais, com armas de grosso calibre e vindas de várias partes do mundo. Ou alguém acha que as armas são fabricadas nas favelas? Assim como as drogas, fuzis são levados para as comunidades, e o erro está em não combater isso no nascedouro, achando que é na favela que os problemas surgem. Lá é só a outra ponta do sistema.
Implantar UPP's não é a única solução. Sem a assistência do estado fica impossível ter paz. E a pacificação passa também por saneamento, instalação de creches e escolas de qualidade, hospitais, pavimentação, coleta regular de lixo. E isso não pode ser feito só para aparecer nos telejornais e estampar capas dos jornais da cidade. Deve ser constante.

Quer dizer que a mulher que for violentada é a real e verdadeira culpada por ser estuprada? Tem alguma coisa errada com a sociedade e não é uma mulher com roupa curta e sim, o mau caratismo dos estupradores. Eles são perversos, coardes, incapazes e passam a se valer deste terrível expediente contra as mulheres. E o que me deixa perplexo em relação à pesquisa do Ipea foi saber que dos 3.810 entrevistados, 66,5% eram mulheres. Para mim isso é o resultado de uma sociedade machista que ao longo do tempo colocou a mulher como subserviente e, por isso, esse pensamento retrógrado de que "a estuprada é culpada" foi perpetuado. O medo de denunciar, a vergonha, a cobrança da família e às vezes, até mesmo do companheiro, já são fardos pesados de mais caindo sobre os ombros da vítima. E com a pesquisa vemos uma sociedade maluca, aceitando passivamente que outras mulheres sejam violentadas, sabendo em quem por a culpa: na vítima.

Pobre futebol brasileiro. Enquanto o país se prepara para a copa - eu não estou nem um pouco empolgado - os campeonatos regionais estão convalescendo. O campeonato carioca, dito "o mais charmoso" dos campeonatos; está medíocre. Partidas com público pagante chegando a quatrocentas pessoas em um estádio. É imoral! Os próprios clubes esvaziam a competição por escalar jogadores reservas, e além disso temos horários que impedem o torcedor de ir aos estádios e a violência fora deles, que assolam e assustam qualquer amante do esporte bretão. Tem alguma coisa errada que não está direita.

AMENIDADES

O céu do outono anda azul de dia, nublado em outros, estrelados em algumas noites e chuvoso em alguns cantos. E, se mantivermos o olha bem atento, poemos ver flores de variadas cores que só florescem nesta estação. É bonito de ver.

Dia desse estava eu num trem com minha filha e nos deparamos com uma belíssima voz cantando "Como nosso pais", música composta por Belchior e brilhantemente interpretada por Elis Regina - a maior cantora do Brasil! Até aí tudo bem. O mais impressionante foi saber que a mulher, dona de uma linda voz, era camelô e vendia umas pastilhas de hortelã no vagão em que estávamos. Ao pedir aplausos, todos ficamos esperando ela aparecer e de repente ela surge no meio de tanta gente - os trens sempre andam cheios - e nos deixa perplexos, pois não esperávamos uma mulher franzina, ser dona de uma voz tão bonita e capaz de deixar a todos maravilhados. Coisas do outono em que uma brisa leve nos faz elevar a alma.

Conversa de duas senhoras na saída do mercado:
-Essas bolsas estão pesadas, você não vai aguentar levá-las até a sua casa. Eu te ajudo!
- Que pesada, o que! Meu marido é pesado e eu aguento aquele gordo em cima de mim, não vou aguentar as bolsas?!
E riram de se acabar.

 FRASE DO CHINA 
 "Uma quando chega expulsa as invejosas. A outra manda quem tem recalque passar longe. Desse jeito não sobra mulher nenhuma na festa".
 ES TY LING, chinês, dono da pastelaria da esquina, dando uma de danadinho.

PIADINHA DO BLOG
A secretária nota que o chefe está com a braguilha aberta e toda sem jeito tenta lhe dar a notícia:
- Doutor… o senhor esqueceu a porta da sua garagem aberta!
Ele fechou rapidamente a braguilha e disse com voz carregada de malícia:
- Por acaso a senhora viu a minha Ferrari Vermelha?
- Não senhor! Tudo o que vi foi um Volkswagem desbotado e com os dois pneus dianteiros totalmente murchos!
CAI O PANO. 

O BLOG DO NEGÃO VOLTA DOMINGO. OU SE ELE NÃO ESTIVER COM A PORTA DA GARAGEM ABERTA. 



   

     

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